A Bíblia nos traz muitos relatos de curas e ressurreições realizadas por Jesus durante o Seu ministério terreno. Contudo, o que se observa na grande parte, é que sempre havia alguém que intercedia por outra pessoa, ou o enfermo pedia por si próprio. Por exemplo, temos o caso do centurião que, estando o seu criado enfermo, pediu a anciãos judeus que fossem até Jesus pedir a cura ao jovem (Lucas 7:1-10).
Ainda, podemos lembrar o caso do da filha de Jairo (Marcos 5:21-43); os dois cegos que clamaram ao Filho de Davi que os curasse (Mateus 9:27-31); dentre tantos que a Palavra do Senhor nos mostra.
O texto de Lucas 7:11-17 nos revela outro ensino de Jesus. Ninguém lhe pediu que ressuscitasse o jovem falecido. Ele simplesmente olhou para aquela mãe triste, que tinha seus olhos cheios de lágrimas, e que ficara sozinha, eis que era viúva e agora perdera seu único filho. Entretanto, mesmo sem que lhe solicitassem ajuda, Ele se compadeceu da mulher, e, agindo movido por essa compaixão, trouxe o jovem de novo à vida.
A Igreja de Jesus Cristo precisa agir como Ele. Praticar a misericórdia, demonstrar compaixão por aqueles que estão em necessidade, seja física ou espiritual, e pelos mortos espiritualmente, indo ao encontro dessas pessoas e proferindo bênçãos sobre suas vidas.
Não podemos ficar esperando que as pessoas venham nos pedir ajuda, quando sabemos do que elas precisam. Corremos o risco de nos tornarmos arrogantes, dizendo coisas do tipo “se ele realmente precisa, que venha pedir”, ou “ele não deve estar tão necessitado assim, senão já teria vindo pedir ajuda”.
Quando assim pensamos, nos colocamos em uma posição de superioridade para com aqueles que padecem de necessidades, enfermidades e mesmo morte espiritual. Mas devemos ter em mente que somos iguais a eles, pecadores que carecem da Graça de Deus, e que em nada somos melhores.
Paulo nos exorta a agirmos como Cristo, quando diz “nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.” (Filipenses 2 :3-5)
Jesus nos fala, em Mateus 5:7 – “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.”
Ainda, Paulo nos diz: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Efésios 5:1).
Aquele jovem que estava ali morto, representa as pessoas que estão mortas espiritualmente, sem Jesus, cativas do pecado. O que a Igreja tem feito por essas pessoas nos dias de hoje? Jesus ia ao encontro delas. Não devemos, então, nós, os que nos auto intitulamos discípulos de Jesus Cristo, fazer o mesmo que nosso Mestre fez?
Quando você fica sabendo que alguma pessoa está passando fome, qual é a sua reação? Qual é a sua atitude? Se você simplesmente lamenta, mas nada faz, está longe de se parecer com Jesus. Se você dobra seus joelhos e ora por ela, está se aproximando do objetivo de Cristo, mas ainda não chegou lá. Agora, se você, além de orar, procura encontrar meios de prestar auxílio ao necessitado, a figura de Cristo já começa a resplandecer em você.
Não esperemos. Ajamos. Sigamos os passos do Mestre.
José Vicente
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