“Engrandecei o SENHOR
comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome.” Salmo 34.3
O mundo atual apregoa uma
filosofia de vida que incentiva o individualismo, o egocentrismo, a arrogância,
a vaidade, a autossuficiência. O ser humano é colocado em uma posição
destacada, seus desejos são hipervalorizados, sua satisfação é um imperativo imediato,
e ele desenvolve um sentimento narcisista que o faz se tornar seu próprio deus.
Assim, vemos o mundo cultuando
pessoas, celebridades, idolatrando seres humanos que, a qualquer momento, podem
deixar de existir, pois são frágeis como qualquer outro ser humano. Vemos,
também, uma corrida desenfreada em busca do prazer, o desejo frenético por uma
liberdade que é, na verdade, uma licença para fazer o que bem entender, e que
não tem como trazer resultados que conduzam à verdadeira felicidade.
Infelizmente, essa mentalidade
acaba penetrando dentro de muitas igrejas, levando os cristãos a promoverem um
culto antopocêntrico, com vistas a agradar às pessoas. Não raras vezes vemos
líderes sendo exaltados por algum tipo de virtude ou “poder” que manifestam,
por sua eloquência, pela sua capacidade de influenciar seus ouvintes.
Realizam-se cultos onde o nome de Deus é empregado tão somente como alguém que
está a serviço da humanidade, a postos para distribuir riquezas materiais aos
que aprendem a “determinar” o sucesso em suas vidas.
Quando, porém, voltamos nossos
olhos à Palavra de Deus, vemos quão grave é esse ensino, e quanto prejuízo tem
causado ao povo de Deus. A Palavra nos instrui no sentido oposto ao que o mundo
ensina.
O Salmo 34.3 repete uma verdade
que se encontra em toda a Bíblia: se há um nome a ser engrandecido, esse é o
Nome de Deus, e não de seres humanos. O Altíssimo, que vive eternamente, que
tem o mundo em Suas mãos e que não depende de ninguém para cumprir os seus
desígnios, que trouxe à existência todo o universo pela Sua Palavra, e que da
mesma forma pode, se assim o desejar, fazer com que esse universo simplesmente
deixe de existir.
Davi, nesse Salmo, nos conclama a
engrandecer o Deus Eterno, e exaltar o Seu Nome. O ser humano é a criatura, e
Deus é o Criador. Jamais podemos inverter essa ordem e exaltar a criatura,
dedicando-lhe uma glória que pertence unicamente ao Criador.
Paulo, apóstolo de Cristo, em sua
época já advertia quanto às consequências de se adorar a criatura em lugar do
criador (Rm 1.18-27), revelando as consequências terríveis de tal proceder.
A Igreja de Cristo jamais deve
perder o foco. Ela existe para glorificar a Deus e dar testemunho do Seu amor
ao mundo, por meio do anúncio do Evangelho e da prática do amor. Essa Igreja
não conseguirá cumprir sua missão se vier a se desviar do que a Palavra ensina,
mas verá o Reino de Deus se espalhando sobre a terra se for fiel ao seu Senhor
e dedicar toda a glória, toda a honra, todo o louvor e toda a adoração apenas a
Deus, vivendo de forma a exaltar o Seu Santo Nome entre todos os povos. Amém.
José Vicente