quarta-feira, 13 de agosto de 2014

ROBIN WILLIANS: A ÂNSIA PELA ETERNIDADE E OS DESACERTOS DA VIDA




Nesta semana o mundo foi surpreendido com a notícia de que Robin Willians foi encontrado morto em sua residência. As informações divulgadas até o momento levam a concluir que ele cometeu suicídio, enforcando-se com um cinto, após ter tentado cortas os pulsos, sem êxito.

É surpreendente porque se trata de uma pessoa muito bem sucedida em termos de padrões deste mundo. Ele era um ator extremamente talentoso e interpretava seus personagens com uma maestria que pouco se vê nos dias atuais. Tinha uma situação financeira extraordinária, resultado do reconhecimento de seu talento pela indústria cinematográfica e pelo mundo todo. Interpretava papéis muito interessantes, e passava a impressão de ser uma pessoa realizada com tudo o que havia conquistado.

A morte de Robin Willians, porém, revela uma realidade que muitas vezes é esquecida: ela era um ser humano.

Embora não se trate da descoberta do século, ante a obviedade da afirmação quanto à humanidade de Robin, é fato que pessoas como ele são tratadas, muitas vezes, como se estivessem um degrau acima da simples condição de seres humanos. É algo que acontece com as grandes personalidades e com aqueles que, de alguma forma, exercem influência sobre as demais pessoas, seja por seu talento ou por se destacarem em alguma área específica, como os artistas e atletas.

Tais pessoas acabam sendo vistas como semideuses, inabaláveis, quando na verdade não passam de seres humanos como todos nós, sujeitos a medos, fraquezas, angústias e necessitadas de amor, compreensão, amizade. Assim, por maiores que sejam as conquistas alcançadas, por mais que se acumulem riquezas materiais, toda a veneração dispensada pelo mundo não preenche lacunas existentes na alma do ser humano.
Se há fama e riqueza, mas não há amor sincero, autêntico, revelando-se apenas proximidades interesseiras de pessoas que não enxergam o ser humano, olham apenas para o que ele representa e o que possui, tudo é vão e insuficiente para acalentar uma alma faminta.

A Bíblia traz a seguinte revelação:

“Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.” Eclesiastes 3:11 (NVI)

Cada ser humano tem em si o sentido da eternidade, o anseio, por vezes incompreendido, por coisas que extrapolam a simples materialidade. Justamente por não conseguir alcançar o sentido disto, muitos mergulham na busca por dinheiro, fama, prazer, poder, mas quanto mais fundo chegam no mar dessas materialidades, mais longe se encontram da eternidade que foi posta em seus corações, porque estão trafegando em sentido contrário.

O conhecimento de Deus é que traz a resposta a esse anseio pela eternidade – que a maioria não consegue identificar desta forma -, e preenche as lacunas existentes no âmago do ser.

As filosofias deste mundo não são capazes de levar o ser humano ao caminho que o conduza à realização dos anseios da alma. O intelecto também não leva a atingir esse alvo. A glória das coisas efêmeras não se aproxima da glória de conhecer a Deus.

Robin Willians tinha tudo, mas não havia conseguido o principal, que era a resposta ao anseio pela eternidade pulsando em seu coração. Infelizmente, ele tentou ser feliz até mesmo apelando para o álcool e as drogas, e vivia em constante conflito interior para se livrar dessas prisões, porém foi vencido.

Gosto muito dos trabalhos realizados por Robin Willians. Trata-se de um ator fantástico. Sinto muito pelo que lhe aconteceu, e gostaria que tivesse sido diferente. Mas há um exército de pessoas como ele, procurando desesperadamente o caminho para uma vida plena, onde as lacunas da alma sejam preenchidas, e esse Caminho é um só: Jesus Cristo.

“Jesus respondeu: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, ao não ser por mim.” João 14.6

Nossas orações pelos familiares. Que o Altíssimo lhes conceda o consolo neste momento difícil. Também oramos pelos admiradores desse ator tão talentoso que partiu de forma tão triste e inesperada. Que esse acontecimento nos traga um despertar para compreendermos nossa natureza e as futilidades das coisas deste mundo, que não se comparam com o que Deus tem preparado para os que O amam (Rm 8.18).

José Vicente

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