“Portanto, que diremos sobre nosso pai humano Abraão? Se de fato Abraão foi justificado pelas obras, ele tem do que se orgulhar, mas não diante de Deus. Entretanto, o que diz a Escritura? ‘Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça’. Ora, o salário daquele que trabalha não é considerado como favor, mas como dívida. Todavia, ao que não trabalha, mas crê em Deus, que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça.” (Romanos 4:1-5)
A Carta de Paulo aos Romanos é de uma riqueza teológica profunda. Nessa epístola, o apóstolo disserta sobre os fundamentos da fé cristã, pontos básicos e essenciais que devem estar bem claros e firmados na mente daquele que professa sua fé em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.
Paulo fala sobre a criação e como ela revela a Deus. Ele discorre sobre como o pecado entrou no mundo, e como ele foi transmitido por herança a toda a humanidade. Pondera sobre as consequências do pecado na vida presente e naquela que há de vir, não permitindo que ninguém se engane quanto à certeza da ira divina sobre os filhos da desobediência. Quando tudo parece apenas julgamento e condenação, Paulo apresenta a misericórdia de Deus, que, por Sua Graça, salva da ira aquele que a Ele se achega com coração sincero e arrependido, através de Jesus Cristo. O apóstolo apresenta uma bem estruturada explanação sobre a ausência de discriminação por parte de Deus, que não faz separação entre judeus e gentios, tendo chamado todos ao arrependimento. Ele também fala sobre aspectos práticos da vida cristã, englobando o cotidiano do ser humano convertido a Jesus.
Um dos grandes objetivos de Paulo nessa epístola é demonstrar de forma clara e definitiva que a salvação não depende da prática de boas obras, visto que ninguém tem nada a oferecer a Deus a fim de obter o bem mais precioso que alguém pode alcançar, que é a vida eterna.
Assim, dentre as diversas explanações que Paulo faz sobre o tema, encontramos aquela que está no capítulo 4, versículos 1 a 5, onde ele se refere a um personagem bíblico muito conhecido de todos (principalmente dos judeus daquela época), para ilustrar a forma como Deus justifica e salva uma pessoa independentemente da prática de obras.
Abraão, como se sabe, é chamado de “nosso pai da fé”. Foi um homem muito temente a Deus, e que manifestou sua fé em Deus em situações que poderiam ensejar reações bem diferentes daquelas que ele teve. Quando Deus mandou que Abraão deixasse seus parentes e sua terra, e fosse para um lugar que ele próprio nem sabia onde se localizava, mas que seria mostrado por Deus, ele não ficou questionando ao Senhor, mas obedeceu e partiu para onde Deus determinou.
Ainda, sendo já velho, e ante a esterilidade de sua esposa Sara, Abraão achava que não teria descendentes, mas Deus lhe prometeu que ele seria pai de uma grande nação. Ele creu e a promessa foi cumprida, vindo o filho Isaque. Anos mais tarde, novamente sua fé foi posta à prova: Deus mandou que ele sacrificasse o filho Isaque, a quem tanto amava. Ele obedeceu, na certeza de que, assim como Deus fizera nascer um filho a um casal que não poderia tê-lo, também tinha poder para fazê-lo ressurgir dentre os mortos. Deus não deixou que ele sacrificasse o filho, providenciando um cordeiro como substituto para o holocausto, tendo ficado muito evidente a grandeza da fé de Abraão em Deus.
Então, Paulo invoca o exemplo de Abraão, que viveu 430 anos antes de ser dada a Lei, que somente foi promulgado através de Moisés após o êxodo do Egito, para demonstrar que foi unicamente pela sua fé em Deus que ele foi justificado, e não pela prática de obras. Assim, não fazia sentido os judeus tentarem impor aos gentios convertidos o cumprimento dos preceitos da Lei, sustentando que isso era necessário para que fossem salvos, pois a salvação nunca se deu por obras, e sim pela Graça de Deus, mediante a fé.
Para deixar mais claro o que pretendia demonstrar, Paulo diz: “o salário daquele que trabalha não é considerado como favor, mas como dívida”. O que isto significa? É simples: quem trabalha tem direito à remuneração pelo serviço prestado. Assim é que funciona entre patrões e empregados. O patrão, após o trabalho realizado pelo empregado, torna-se devedor com relação ao salário, e, se não pagar, pode ser cobrado até mesmo judicialmente. Da mesma forma, se a nossa justificação e salvação fossem baseadas nas obras por nós realizadas, Deus estaria em dívida para conosco!
Esse tipo de pensamento levaria à conclusão de que Deus teria dívida até para com os ímpios, aqueles que não vivem conforme a Palavra de Deus e, muitas vezes, nem creem nEle, mas que praticam obras de caridade, contribuem financeiramente com instituições beneficentes, fazem penitências, etc. Pode haver algo mais absurdo do que isto? Deus sendo devedor aos homens!
Ora, foi Deus quem criou o homem, e não o contrário. Deus criou todo o universo, e entregou ao homem este mundo para que dele cuidasse e nele vivesse bem. O ser humano não é dono de nada, ele na verdade está inserido nessa imensa criação que pertence a Deus. O criador nada deve à criatura. Se a criatura existe, ela, sim, deve isso ao criador.
Alguém poderia imaginar Deus endividado? Seria possível visualizar Deus sendo cobrado por crentes ou mesmo por ímpios, por causa de boas obras que estes tenham feito em vida, e tendo que abaixar sua cabeça, resignado, pagando ao homem o que lhe deve? Isso soa extremamente herético, e não tem como ser aceito por quem tem um mínimo de conhecimento bíblico e temor a Deus.
Mas Paulo usa esse raciocínio exatamente para demonstrar o quão absurda é a idéia que muitos judeus tinham naquela época (e muitos religiosos, inclusive cristãos, ainda têm hoje), de que é possível obter a justificação de nossos pecados perante Deus através da prática de boas obras, do cumprimento de leis religiosas, usos e costumes, sacrifícios pessoais, penitências, etc.
Deus não deve nada a ninguém.
Boas obras não pagam nem apagam pecados, muito menos compram um lugar no céu. Como está escrito no livro de Jó, “se pecares, que efetuarás contra ele? Se as tuas transgressões se multiplicarem, que lhe farás? Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá ele da tua mão? A tua impiedade faria mal a outro tal como tu; e a tua justiça aproveitaria ao filho do homem.” (Jó 35:6-8)
Não estou dizendo que não se deva praticar boas obras. Sim, elas têm que ser praticadas o tempo todo, mas não como forma de obter salvação ou conseguir o favor de Deus, e, sim, como obediência à Sua Palavra e para que se evidencie que realmente cremos nEle. Mas, quanto às obras como demonstração da fé, falaremos em outra oportunidade.
Refutando esse tipo de pensamento (de que seja possível obter justificação e salvação através de obras pessoais), o apóstolo afirma: “Todavia, ao que não trabalha, mas crê em Deus, que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça”. Quando Paulo diz “ao que não trabalha”, não está se referindo, logicamente, ao nosso trabalho diário para obter o sustento material, mas, sim, à prática de obras com o propósito de auto-justificação perante Deus.
Paulo diz claramente que, pela Graça de Deus, e unicamente pela Graça, mediante a fé, somos justificados, ou seja, somos feitos pessoas justas diante de Deus, nossos pecados não nos são imputados, e escapamos da condenação que está reservada para os que permanecem em rebeldia contra Deus (Jo 3:36).
Há pessoas que têm fé em muitas coisas. Alguns têm fé em si mesmos e em sua capacidade de fazer coisas que garantam sua salvação (pura ilusão!); outros creem em objetos; há os que creem em pedaços de madeira ou em artefatos feitos à base de argila, cerâmica, ferro ou coisa parecida, aos quais atribuem qualidades e poder inexistentes; também se encontram aqueles que têm fé em alguma coisa, que nem eles mesmos sabem o que é. No meio da cristandade se encontram os que creem em um deus que não é Deus, mas é um ser subserviente, feito para servir aos humanos e compactuar com toda a maldade do homem. Um Jesus criado pelos homens para ser o validador de projetos humanos falíveis e de simpatias evangélicas que não passam de paganismo disfarçado de cristianismo.
Entenda-se, no entanto, que não é a qualquer tipo de fé que Paulo se refere, mas, sim, a fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus que veio ao mundo como homem, sofreu, foi morto na cruz, ressuscitou ao terceiro dia e está sentado à direita do Pai no trono celeste, de onde virá, em dia que ninguém conhece, senão o Pai, para julgar os vivos e os mortos, proferindo a sentença final, que será de condenação aos que não creem nEle, e de absolvição aos que, pela fé nEle, e somente nEle, foram justificados, purificados de seus pecados, e viverão eternamente na presença de Deus.
Não se trata do Jesus criado segundo as conveniências humanas, que é o Jesus da prosperidade, da saúde de ferro, da vingança pessoal, dos empresários fraudadores, dos líderes religiosos exploradores da boa fé alheia, mas, sim, o Jesus segundo as Escrituras, que perdoa, liberta, cura, ama incondicionalmente e não exige nada em troca, apenas a fé daquele que O busca.
Através de Jesus Cristo, o Verdadeiro, até mesmo o pior dos ímpios pode obter a redenção dos pecados, a justificação e a salvação, mediante a fé autêntica, que gera arrependimento, transformação de vida, e é resultado da Graça de Deus derramada sobre cada coração.
Graça é favor imerecido. É quando Deus nos concede algo de bom que não merecemos. No caso, Ele nos dá a salvação, não porque sejamos boas pessoas ou porque façamos boas obras, mas porque Ele nos ama e deseja a nossa salvação, tanto que enviou Seu Filho para morrer em nosso lugar e pagar pelos nossos pecados, como nosso substituto, não restando, assim, sacrifício a ser feito por nós, que apenas somos chamados a ter fé exclusivamente nEle.
A justiça feita em Cristo garante que possamos nos apresentar justificados perante Deus, sem mais nenhuma acusação contra nós, porque Ele pagou o preço por nós.
Portanto, Deus não está, nunca esteve e nunca estará em dívida para conosco. Nós, sim, tínhamos para com Ele uma grande dívida, mas Jesus pagou essa dívida (Col 2:13-14), e o que nos resta é crer nEle e agradecer eternamente pelo presente recebido.
Que YAWEH, o Deus Altíssimo, abençoe a todos, e abra o entendimento àqueles que ainda não compreenderam a Graça de Deus, e ainda tentam obter perdão e salvação com esforços próprios, não descansando na fé em Jesus Cristo.
José Vicente
07/08/2009
A Carta de Paulo aos Romanos é de uma riqueza teológica profunda. Nessa epístola, o apóstolo disserta sobre os fundamentos da fé cristã, pontos básicos e essenciais que devem estar bem claros e firmados na mente daquele que professa sua fé em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.
Paulo fala sobre a criação e como ela revela a Deus. Ele discorre sobre como o pecado entrou no mundo, e como ele foi transmitido por herança a toda a humanidade. Pondera sobre as consequências do pecado na vida presente e naquela que há de vir, não permitindo que ninguém se engane quanto à certeza da ira divina sobre os filhos da desobediência. Quando tudo parece apenas julgamento e condenação, Paulo apresenta a misericórdia de Deus, que, por Sua Graça, salva da ira aquele que a Ele se achega com coração sincero e arrependido, através de Jesus Cristo. O apóstolo apresenta uma bem estruturada explanação sobre a ausência de discriminação por parte de Deus, que não faz separação entre judeus e gentios, tendo chamado todos ao arrependimento. Ele também fala sobre aspectos práticos da vida cristã, englobando o cotidiano do ser humano convertido a Jesus.
Um dos grandes objetivos de Paulo nessa epístola é demonstrar de forma clara e definitiva que a salvação não depende da prática de boas obras, visto que ninguém tem nada a oferecer a Deus a fim de obter o bem mais precioso que alguém pode alcançar, que é a vida eterna.
Assim, dentre as diversas explanações que Paulo faz sobre o tema, encontramos aquela que está no capítulo 4, versículos 1 a 5, onde ele se refere a um personagem bíblico muito conhecido de todos (principalmente dos judeus daquela época), para ilustrar a forma como Deus justifica e salva uma pessoa independentemente da prática de obras.
Abraão, como se sabe, é chamado de “nosso pai da fé”. Foi um homem muito temente a Deus, e que manifestou sua fé em Deus em situações que poderiam ensejar reações bem diferentes daquelas que ele teve. Quando Deus mandou que Abraão deixasse seus parentes e sua terra, e fosse para um lugar que ele próprio nem sabia onde se localizava, mas que seria mostrado por Deus, ele não ficou questionando ao Senhor, mas obedeceu e partiu para onde Deus determinou.
Ainda, sendo já velho, e ante a esterilidade de sua esposa Sara, Abraão achava que não teria descendentes, mas Deus lhe prometeu que ele seria pai de uma grande nação. Ele creu e a promessa foi cumprida, vindo o filho Isaque. Anos mais tarde, novamente sua fé foi posta à prova: Deus mandou que ele sacrificasse o filho Isaque, a quem tanto amava. Ele obedeceu, na certeza de que, assim como Deus fizera nascer um filho a um casal que não poderia tê-lo, também tinha poder para fazê-lo ressurgir dentre os mortos. Deus não deixou que ele sacrificasse o filho, providenciando um cordeiro como substituto para o holocausto, tendo ficado muito evidente a grandeza da fé de Abraão em Deus.
Então, Paulo invoca o exemplo de Abraão, que viveu 430 anos antes de ser dada a Lei, que somente foi promulgado através de Moisés após o êxodo do Egito, para demonstrar que foi unicamente pela sua fé em Deus que ele foi justificado, e não pela prática de obras. Assim, não fazia sentido os judeus tentarem impor aos gentios convertidos o cumprimento dos preceitos da Lei, sustentando que isso era necessário para que fossem salvos, pois a salvação nunca se deu por obras, e sim pela Graça de Deus, mediante a fé.
Para deixar mais claro o que pretendia demonstrar, Paulo diz: “o salário daquele que trabalha não é considerado como favor, mas como dívida”. O que isto significa? É simples: quem trabalha tem direito à remuneração pelo serviço prestado. Assim é que funciona entre patrões e empregados. O patrão, após o trabalho realizado pelo empregado, torna-se devedor com relação ao salário, e, se não pagar, pode ser cobrado até mesmo judicialmente. Da mesma forma, se a nossa justificação e salvação fossem baseadas nas obras por nós realizadas, Deus estaria em dívida para conosco!
Esse tipo de pensamento levaria à conclusão de que Deus teria dívida até para com os ímpios, aqueles que não vivem conforme a Palavra de Deus e, muitas vezes, nem creem nEle, mas que praticam obras de caridade, contribuem financeiramente com instituições beneficentes, fazem penitências, etc. Pode haver algo mais absurdo do que isto? Deus sendo devedor aos homens!
Ora, foi Deus quem criou o homem, e não o contrário. Deus criou todo o universo, e entregou ao homem este mundo para que dele cuidasse e nele vivesse bem. O ser humano não é dono de nada, ele na verdade está inserido nessa imensa criação que pertence a Deus. O criador nada deve à criatura. Se a criatura existe, ela, sim, deve isso ao criador.
Alguém poderia imaginar Deus endividado? Seria possível visualizar Deus sendo cobrado por crentes ou mesmo por ímpios, por causa de boas obras que estes tenham feito em vida, e tendo que abaixar sua cabeça, resignado, pagando ao homem o que lhe deve? Isso soa extremamente herético, e não tem como ser aceito por quem tem um mínimo de conhecimento bíblico e temor a Deus.
Mas Paulo usa esse raciocínio exatamente para demonstrar o quão absurda é a idéia que muitos judeus tinham naquela época (e muitos religiosos, inclusive cristãos, ainda têm hoje), de que é possível obter a justificação de nossos pecados perante Deus através da prática de boas obras, do cumprimento de leis religiosas, usos e costumes, sacrifícios pessoais, penitências, etc.
Deus não deve nada a ninguém.
Boas obras não pagam nem apagam pecados, muito menos compram um lugar no céu. Como está escrito no livro de Jó, “se pecares, que efetuarás contra ele? Se as tuas transgressões se multiplicarem, que lhe farás? Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá ele da tua mão? A tua impiedade faria mal a outro tal como tu; e a tua justiça aproveitaria ao filho do homem.” (Jó 35:6-8)
Não estou dizendo que não se deva praticar boas obras. Sim, elas têm que ser praticadas o tempo todo, mas não como forma de obter salvação ou conseguir o favor de Deus, e, sim, como obediência à Sua Palavra e para que se evidencie que realmente cremos nEle. Mas, quanto às obras como demonstração da fé, falaremos em outra oportunidade.
Refutando esse tipo de pensamento (de que seja possível obter justificação e salvação através de obras pessoais), o apóstolo afirma: “Todavia, ao que não trabalha, mas crê em Deus, que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça”. Quando Paulo diz “ao que não trabalha”, não está se referindo, logicamente, ao nosso trabalho diário para obter o sustento material, mas, sim, à prática de obras com o propósito de auto-justificação perante Deus.
Paulo diz claramente que, pela Graça de Deus, e unicamente pela Graça, mediante a fé, somos justificados, ou seja, somos feitos pessoas justas diante de Deus, nossos pecados não nos são imputados, e escapamos da condenação que está reservada para os que permanecem em rebeldia contra Deus (Jo 3:36).
Há pessoas que têm fé em muitas coisas. Alguns têm fé em si mesmos e em sua capacidade de fazer coisas que garantam sua salvação (pura ilusão!); outros creem em objetos; há os que creem em pedaços de madeira ou em artefatos feitos à base de argila, cerâmica, ferro ou coisa parecida, aos quais atribuem qualidades e poder inexistentes; também se encontram aqueles que têm fé em alguma coisa, que nem eles mesmos sabem o que é. No meio da cristandade se encontram os que creem em um deus que não é Deus, mas é um ser subserviente, feito para servir aos humanos e compactuar com toda a maldade do homem. Um Jesus criado pelos homens para ser o validador de projetos humanos falíveis e de simpatias evangélicas que não passam de paganismo disfarçado de cristianismo.
Entenda-se, no entanto, que não é a qualquer tipo de fé que Paulo se refere, mas, sim, a fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus que veio ao mundo como homem, sofreu, foi morto na cruz, ressuscitou ao terceiro dia e está sentado à direita do Pai no trono celeste, de onde virá, em dia que ninguém conhece, senão o Pai, para julgar os vivos e os mortos, proferindo a sentença final, que será de condenação aos que não creem nEle, e de absolvição aos que, pela fé nEle, e somente nEle, foram justificados, purificados de seus pecados, e viverão eternamente na presença de Deus.
Não se trata do Jesus criado segundo as conveniências humanas, que é o Jesus da prosperidade, da saúde de ferro, da vingança pessoal, dos empresários fraudadores, dos líderes religiosos exploradores da boa fé alheia, mas, sim, o Jesus segundo as Escrituras, que perdoa, liberta, cura, ama incondicionalmente e não exige nada em troca, apenas a fé daquele que O busca.
Através de Jesus Cristo, o Verdadeiro, até mesmo o pior dos ímpios pode obter a redenção dos pecados, a justificação e a salvação, mediante a fé autêntica, que gera arrependimento, transformação de vida, e é resultado da Graça de Deus derramada sobre cada coração.
Graça é favor imerecido. É quando Deus nos concede algo de bom que não merecemos. No caso, Ele nos dá a salvação, não porque sejamos boas pessoas ou porque façamos boas obras, mas porque Ele nos ama e deseja a nossa salvação, tanto que enviou Seu Filho para morrer em nosso lugar e pagar pelos nossos pecados, como nosso substituto, não restando, assim, sacrifício a ser feito por nós, que apenas somos chamados a ter fé exclusivamente nEle.
A justiça feita em Cristo garante que possamos nos apresentar justificados perante Deus, sem mais nenhuma acusação contra nós, porque Ele pagou o preço por nós.
Portanto, Deus não está, nunca esteve e nunca estará em dívida para conosco. Nós, sim, tínhamos para com Ele uma grande dívida, mas Jesus pagou essa dívida (Col 2:13-14), e o que nos resta é crer nEle e agradecer eternamente pelo presente recebido.
Que YAWEH, o Deus Altíssimo, abençoe a todos, e abra o entendimento àqueles que ainda não compreenderam a Graça de Deus, e ainda tentam obter perdão e salvação com esforços próprios, não descansando na fé em Jesus Cristo.
José Vicente
07/08/2009
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