domingo, 23 de dezembro de 2012

RESGATANDO O SENTIDO DO NATAL



Texto base: Mateus 1.18-25

Estamos nos aproximando de mais um Natal, e como sempre somos envolvidos por um clima de confraternização, de reunião familiar. Nessa época fala-se bastante em espírito natalino, em amor, caridade, fraternidade, coisas boas e que devem ser valorizadas.
Ocorre, porém, que com o passar dos tempos as pessoas acabaram perdendo o verdadeiro sentido do Natal. A festa, que deveria ser uma lembrança do evento mais importante da humanidade – a encarnação de Deus como ser humano -, tornou-se um pretexto para comer, beber, trocar presentes, falar de Papai Noel às crianças. O Natal se tornou uma data comercial. Papai Noel e suas renas roubaram a cena.
Por isto é necessário que reavivemos em nossas mentes o verdadeiro significado dessa data: o nascimento de Jesus Cristo.
O texto que lemos vai nos ajudar a relembrar algumas verdades sobre Jesus que devem estar presentes em nossas memórias continuamente, para que celebremos o Natal como realmente deve ser. Vamos falar sobre três verdades que encontramos no texto:

1)      JESUS É O DEUS FILHO (v. 18)
As crianças nascem de uma forma natural, mediante a união de um homem e uma mulher, conforme o próprio Deus estabeleceu, todavia, Jesus não era uma criança comum, e embora Ele fosse humano, Ele também era Deus.
Jesus não foi gerado de um relacionamento entre um homem e uma mulher, como o são os demais seres humanos, antes, Ele foi concebido no ventre de uma mulher unicamente pelo Poder do Espírito Santo, pois Ele é divino, é eterno, é o Filho de Deus.
Era necessário que Jesus viesse em forma humana para poder passar pelos sofrimentos e pela morte em nosso lugar, mas Ele nunca deixou de ser Deus.
Embora esta seja uma verdade inquestionável para nós, há muitos neste mundo que creem em Cristo como um grande homem cujas ações e filosofia devem ser imitados; um reconhecido filantropo, alguém totalmente desprendido de valores materiais, cujos ensinamentos devem ser seguidos porque são bons e podem servir para o crescimento de cada ser humano.
Na concepção dessas pessoas, Jesus estaria no mesmo patamar de Buda, Confúcio ou qualquer outro homem que tenha ensinado coisas consideradas boas, que tenha falado de paz e amor, que tenha pregado uma espiritualidade superior.
A Palavra, porém, nos revela que Jesus é muito mais do que isto, e que Ele não pode ser comparado a qualquer ser humano que tenha pisado a face da terra, pois Ele é o próprio Deus que se encarnou como homem.

João assim nos fala: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (1Jo 5.20)
Em Isaias o SENHOR diz: “A quem me comparareis para que eu lhe seja igual? E que coisa semelhante confrontareis comigo?” (Isaías 46.5)
Deus é incomparável, e sendo Jesus o próprio Deus, não é possível compará-lo a ninguém, pois o Criador não pode ser comparado à criatura.
Jesus é o Verbo Eterno, por meio de quem tudo o que existe veio à existência, conforme nos diz João 1.3: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.”
Irmãos, é necessário que reavivemos em nossa mente essa verdade, de que Jesus não foi simplesmente um homem sábio cujos ensinamentos devem ser observados, mas, sim, de que Ele é o Filho de Deus, igual ao Pai em essência e poder, eterno, a origem de tudo o que existe.
O próprio Jesus disse: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8.58).
Jesus, sendo Deus, é eterno, Ele não foi gerado, antes, é o gerador de todas as coisas. José e Maria não geraram Jesus, pelo contrário, eles é que foram gerados por Ele, pois fazem parte do universo que por Ele foi criado. Maria foi a mulher escolhida para que Jesus viesse ao mundo como homem, mas ela não o gerou, ela apenas o recebeu em seu ventre e serviu para que Ele passasse pelo nascimento como um homem.
Neste Natal, reavivemos em nossa mente a verdade de que Jesus é Deus que se fez homem.

2)      JESUS É O SALVADOR (v. 21)
O texto segue nos revelando que além de ser Deus, Jesus é o nosso Salvador.
O versículo 21 diz: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”
O nome Jesus vem do hebraico YEHOSHUA ou YESHUA, que significa “ADONAI salva” ou “o SENHOR salva”.
Jesus carregava em seu próprio nome a sua missão principal: a nossa salvação.
Todos aqueles que creem em Jesus apenas como um homem sábio a ser imitado, sem reconhecer a Sua divindade, não conseguem enxergá-lo como o Salvador, aquele por meio de quem os pecados são perdoados e a vida eterna é concedida, mas a todos quantos creem que Ele é o Filho de Deus, essa verdade se abre diante dos seus olhos.
Paulo, escrevendo a Tito, assim afirmou:
“aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tito 2.13).
Jesus veio com o propósito de pagar pelos nossos pecados, a fim de que a condenação que estava sobre nós fosse retirada, reconciliando-nos com Deus e garantindo-nos a vida eterna junto a Deus.
Como nosso salvador, Jesus suportou todo o castigo que deveria recair sobre nós. A morte, que seria nossa recompensa pelos pecados, foi levada por Ele na cruz, e sua ressurreição nos assegura que também nós ressuscitaremos, porque já não há condenação pesando sobre nós, mas, sim, a vida eterna.
Nenhum de nós teria condições de pagar pelos pecados cometidos. Todos estávamos fadados à perdição, porque nossas obras, por mais que fossem boas, não seriam suficientes para nos purificar de nossos pecados e nos garantir o perdão de Deus, porém Jesus assumiu o nosso lugar e ofereceu ao Pai um sacrifício único e eficaz, que assegura a todos quantos nEle creem o perdão dos pecados e a salvação.

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (Atos 4.12)

“Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; o qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados” (Colossenses 1:12-14)

Portanto, a verdade é que Jesus é o nosso Salvador, e sem Ele estaríamos ainda mortos em nossos delitos e pecados. Ele veio ao mundo para que fôssemos resgatados, e o preço que Ele pagou foi a Sua própria vida.

3)      JESUS É DEUS CONOSCO (v. 23)
Mateus nos diz que Jesus seria chamado Emanuel, conforme o v. 23:
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco).”
Em um primeiro momento a Palavra nos revela que Jesus seria o próprio Deus caminhando entre o Seu povo, e Ele realmente fez isso. Jesus viveu entre os seres humanos até a sua morte, aproximadamente aos 33 anos de idade, e em todo esse tempo Ele revelou o Pai às pessoas, como Ele mesmo disse:
“Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14.9)
E também no Evangelho segundo João está escrito:
“Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.” (João 1.18)
Jesus demonstrou, durante sua vida na terra, como Deus vê o ser humano, como Ele age em relação às pessoas. Jesus mostrou o amor infinito de Deus na prática, assim como Sua misericórdia, Sua justiça, Seu perdão, Sua paciência, enfim, Jesus revelou, por meio de suas atitudes no cotidiano, como é a pessoa de Deus.
Por isso, lendo os Evangelhos, que relatam a vida de Jesus, podemos claramente ver o próprio Deus sendo-nos apresentado pelo Filho.
Em um segundo momento, a Palavra vem nos revelar que, mesmo após a morte e ressurreição de Jesus, Ele continuaria sendo o Emanuel, Deus conosco. Sim, Jesus, ainda hoje, é Deus conosco. Ele não anda entre nós como um ser humano, mas como Deus habitando em nós, em todos aqueles que nEle creem.
Ele é conosco, Ele está no meio de nós, por meio de Seu Espírito Santo que em nós habita. Jesus reforçou essa verdade ao prometer:
“Eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mateus 28.20).
Essa verdade deve nos servir de alento e avivar nossa esperança no Senhor, pois sabemos que Ele é conosco, independentemente das circunstâncias. Passe o tempo que passar, Ele é conosco. Nos momentos de aflição, Ele é conosco. Nas situações de alegria, Ele é conosco. Na enfermidade, no luto, nas batalhas que travamos diariamente, Ele é conosco.
Não estamos sozinhos, vivemos na companhia do Criador do Universo. O próprio Deus habita em nós e nos ensina o Seu caminho, nos consola, nos dirige os passos. Ele é conosco. Experimentamos o que Davi escreveu no Salmo 23:
“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.” (Salmo 23:4)

CONCLUSÃO
A Palavra de Deus nos convida a voltarmos nossas atenções Àquele que é o motivo de celebrarmos o Natal, Jesus Cristo, nosso Deus e Salvador, que É conosco hoje e sempre.
Os deuses criados pelos seres humanos não se assemelham a Jesus. Eles não são Deus, não salvam seus seguidores da condenação eterna e não são capazes de acompanhá-los durante toda sua vida, de lhes dar consolo, livramento ou cura.
Somente Jesus é o verdadeiro Deus que nos salva e não nos abandona jamais.
Que aproveitemos essa oportunidade para refletirmos na maravilhosa Graça de Deus que se manifestou em nossas vidas por meio de Jesus Cristo, e a Ele dediquemos toda honra, toda glória e todo louvor, hoje e sempre. Amém.

José Vicente
23.12.2012

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