segunda-feira, 22 de outubro de 2012

JESUS: O ALIMENTO PARA A VIDA ETERNA



Texto base: João 6.1-40


Jesus prosseguia em Sua missão de proclamar o Reino de Deus e ensinar a Verdade às pessoas. Ele vinha realizando sinais, milagres incomparáveis, e Seus ensinamentos eram autênticos, as pessoas viam nEle autoridade espiritual, um mestre diferente, amável e sábio.

Os líderes religiosos judaicos faziam oposição a Jesus, mas Ele prosseguia ensinando ao povo a Palavra de Deus, e convocando todos ao arrependimento. Por onde passava ia deixando um rastro de amor e compaixão.
Chegamos, então, ao momento em que uma grande multidão veio ouvir os ensinos de Jesus e buscar curas, e como o dia estava findando, eles ainda não haviam se alimentado, estando longe da cidade e de qualquer lugar onde pudessem comprar alimento. Jesus sabia que eles estavam com fome, e utilizou essa oportunidade para demonstrar mais algumas verdades do Reino de Deus.

      1)      Quem tem fome deve buscar Jesus
Aquelas pessoas que se reuniram naquele lugar estavam famintas, mas sua fome não era apenas de alimento: elas tinham fome de misericórdia, de amor, de atenção, de cura, de livramento, de liberdade... de Deus.
Eram pessoas enfermas física e espiritualmente. Pessoas amarguradas, ansiosas por uma palavra de ânimo, de bondade, de valorização. Muitos vinham carregando problemas que os perseguiam há tempos.
Ali havia pessoas ansiosas por encontrar a solução para problemas insolúveis, a cura para doenças incuráveis, a libertação de escravidões duradouras...
Os líderes religiosos judaicos não eram capazes de suprir essa fome do povo. Embora tentassem parecer muito santos e cumpridores da Lei de Deus, eles não eram líderes segundo o coração de Deus, mas se preocupavam muito mais com tradições e posição social do que com a saúde espiritual do povo.
Jesus vinha demonstrando que não era como os lideres existentes até então, pelo contrário, Ele era exatamente o oposto, porque não buscava a glória própria, mas a do Pai. Jesus falava com autoridade, pois sua vida consistia na prática de tudo o que Ele ensinava.
Enquanto os lideres religiosos marginalizavam as pessoas por causa de seus erros e de sua condição social ou de saúde, Jesus acolhia essas pessoas, tratava-as com amor e misericórdia, e com suas atitudes e palavras provocava transformação na vida de quem O ouvia.
Hoje, Jesus continua sendo a solução para quem tem fome. Ele continua sendo Aquele que não rejeita quem a Ele se achega. Ele continua disposto a amar, dar atenção, aconselhar, ensinar, curar, restaurar, perdoar, tratar com respeito e muito mais.
Jesus está pronto para ouvir nosso clamor e nos socorrer em qualquer situação. Ele tem prazer em usar de compaixão para com aqueles que nEle confiam e nEle se refugiam.

      2)      A Graça de Jesus supera as expectativas
Havia cera de 5 mil homens naquele lugar, e isso sem contar mulheres e crianças.  No total, estimava-se que houvesse entre 15 e 20 mil pessoas, e todas famintas.
O alimento disponível consistia apenas em 5 pães e 2 peixes.
Se Jesus quisesse, poderia simplesmente dividir esse alimento entre Ele e seus discípulos, pois parecia não haver o suficiente para atender à multidão. De acordo com o que está escrito, seriam necessários pelo menos 200 denários para comprar pães para todas aquelas pessoas, e isso correspondia ao salário de 200 dias de trabalho, um valor elevado.
As pessoas haviam se reunido em volta de Jesus com a expectativa de receberem curas, libertação e palavras de Deus, quando, de repente, todos se viram surpresos com um ato inesperado.
Jesus tomou os 5 pães e 2 peixes e os multiplicou, de forma que toda a multidão foi alimentada.
Jesus manifestou uma Graça que supera a qualquer expectativa, que vai além do que se espera.
Ele mostrou que Sua Graça não estava restrita ao pequeno grupo que Ele havia escolhido para segui-lo mais de perto, os doze apóstolos, mas que todos aqueles que viessem até Ele poderiam receber a Sua Graça.
Em Jesus não há acepção de pessoas. Ele não dá privilégios a uns poucos, como podemos ver claramente no texto quando Jesus, em vez de dividir os pães e peixes entre Ele e os discípulos, promoveu a multiplicação e alimentou a multidão inteira, com sobras.
Para os discípulos aquela multidão poderia ser composta por um bando de anônimos, e não haveria problema e deixá-los sem alimento, mas Jesus conhecia cada pessoa ali presente, sabia a história de vida de cada uma delas, tinha consciência de suas necessidades, e não poderia deixar que continuassem com fome, pois Sua Graça e misericórdia excedem a todas as nossas expectativas.
Quando nos achegamos a Jesus para ouvi-lo e adorá-lo, Ele faz por nós coisas que nem mesmo estávamos esperando.
A Graça de Jesus não diminuiu com o tempo, ela continua ilimitada. Jesus continua disposto a nos tratar com compaixão e amor da mesma forma que fazia naquele tempo.

      3)      Devemos buscar Jesus para ter a Vida Eterna
É certo que Jesus atendeu aos diversos tipos de fome manifestados pelas pessoas naquele tempo. Ele deu amor a quem necessitava de amor; cura a quem tinha fome de cura; atenção a quem tinha fome de atenção; libertação a quem ansiava por libertação...
Mas o que Jesus realmente quer é saciar nossa fome de salvação.
Nos versículos 26 e 27 Jesus disse a seus ouvintes que eles não deveriam buscar apenas o alimento físico, pois o físico é perecível, antes, sua ânsia haveria de ser por uma comida que subsiste para a vida eterna.
Jesus estava dizendo que as pessoas não deveriam atentar apenas para suas necessidades terrenas, mas sua atenção deveria se voltar à busca do alimento espiritual, que lhes daria condições de herdar a vida eterna.
Então Jesus se revela como o Pão da Vida, o Pão que desceu do céu. O único que pode dar a vida eterna.
Não é errado buscarmos Jesus para que Ele nos ajude em nossas dificuldades, em nossas necessidades relativas a este mundo. A Palavra de Deus nos orienta a confiarmos nEle em todas as circunstâncias, a nos refugiarmos nEle quando estivermos com medo, a entregar nossos planos em Suas mãos para que Ele nos direcione e ajude a concretizar os sonhos, porque Ele tem o poder de fazer por nós coisas maravilhosas, porém, a principal razão para buscarmos a Jesus deve ser saciar nossa fome de salvação.
Durante o tempo em que Jesus esteve pregando a Palavra do Reino entre nós, muitas pessoas iam até Ele unicamente para saciar a fome física, de momento, e, obtida a Graça, deixavam de seguir a Jesus. No final do capítulo 6 vemos que a multidão deixou Jesus após ouvir a Palavra da Verdade, permanecendo apenas seus discípulos.
Essas pessoas obtinham o favor divino na necessidade momentânea, mas perdiam a grande salvação reservada para os que creem no Filho de Deus, pois queriam apenas bênçãos, em vez de desejar Jesus.
Apesar de terem visto os sinais de Jesus, nem todos creram nEle (v. 36). Jesus é o Pão que salva, que concede a vida eterna, para todo aquele que nEle crê, independentemente de sinais, porque a fé deve estar presente mesmo quando não se está vendo nenhum milagre.
As pessoas que se achegavam a Jesus com o coração quebrantado, cientes de sua condição de pecadoras, clamando por Sua misericórdia e crendo que Ele era o Filho de Deus, não apenas recebiam a cura ou libertação no momento, mas ouviam de Jesus: “a tua fé te salvou”.
Não busque Jesus apenas para obter bênçãos temporárias, mas recorra a Jesus para perdoar seus pecados e lhe conceder a vida eterna, transformando sua vida.

Conclusão
Todos nós temos fome de algo, mas nossa alma deve ansiar pela presença de Deus e pela vida eterna, que somente Jesus, o Pão da Vida, pode nos dar.
Busquemos Jesus para que Ele sacie nossa fome de salvação, não nos atendo apenas a coisas deste mundo, mas mirando as coisas lá do alto, relativas ao Reino de Deus.

“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” (1Cor 15.19)

“Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?” (Salmo 42.1-2)

José Vicente

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