Nesta semana o mundo foi
surpreendido com a notícia de que Robin Willians foi encontrado morto em sua
residência. As informações divulgadas até o momento levam a concluir que ele
cometeu suicídio, enforcando-se com um cinto, após ter tentado cortas os
pulsos, sem êxito.
É surpreendente porque se trata
de uma pessoa muito bem sucedida em termos de padrões deste mundo. Ele era um
ator extremamente talentoso e interpretava seus personagens com uma maestria
que pouco se vê nos dias atuais. Tinha uma situação financeira extraordinária,
resultado do reconhecimento de seu talento pela indústria cinematográfica e
pelo mundo todo. Interpretava papéis muito interessantes, e passava a impressão
de ser uma pessoa realizada com tudo o que havia conquistado.
A morte de Robin Willians, porém,
revela uma realidade que muitas vezes é esquecida: ela era um ser humano.
Embora não se trate da descoberta
do século, ante a obviedade da afirmação quanto à humanidade de Robin, é fato
que pessoas como ele são tratadas, muitas vezes, como se estivessem um degrau
acima da simples condição de seres humanos. É algo que acontece com as grandes personalidades
e com aqueles que, de alguma forma, exercem influência sobre as demais pessoas,
seja por seu talento ou por se destacarem em alguma área específica, como os
artistas e atletas.
Tais pessoas acabam sendo vistas
como semideuses, inabaláveis, quando na verdade não passam de seres humanos
como todos nós, sujeitos a medos, fraquezas, angústias e necessitadas de amor,
compreensão, amizade. Assim, por maiores que sejam as conquistas alcançadas, por
mais que se acumulem riquezas materiais, toda a veneração dispensada pelo mundo
não preenche lacunas existentes na alma do ser humano.
Se há fama e riqueza, mas não há
amor sincero, autêntico, revelando-se apenas proximidades interesseiras de
pessoas que não enxergam o ser humano, olham apenas para o que ele representa e
o que possui, tudo é vão e insuficiente para acalentar uma alma faminta.
A Bíblia traz a seguinte
revelação:
“Ele fez tudo apropriado a seu
tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim
este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.” Eclesiastes
3:11 (NVI)
Cada ser humano tem em si o
sentido da eternidade, o anseio, por vezes incompreendido, por coisas que
extrapolam a simples materialidade. Justamente por não conseguir alcançar o
sentido disto, muitos mergulham na busca por dinheiro, fama, prazer, poder, mas
quanto mais fundo chegam no mar dessas materialidades, mais longe se encontram
da eternidade que foi posta em seus corações, porque estão trafegando em
sentido contrário.
O conhecimento de Deus é que traz
a resposta a esse anseio pela eternidade – que a maioria não consegue
identificar desta forma -, e preenche as lacunas existentes no âmago do ser.
As filosofias deste mundo não são
capazes de levar o ser humano ao caminho que o conduza à realização dos anseios
da alma. O intelecto também não leva a atingir esse alvo. A glória das coisas
efêmeras não se aproxima da glória de conhecer a Deus.
Robin Willians tinha tudo, mas
não havia conseguido o principal, que era a resposta ao anseio pela eternidade
pulsando em seu coração. Infelizmente, ele tentou ser feliz até mesmo apelando
para o álcool e as drogas, e vivia em constante conflito interior para se
livrar dessas prisões, porém foi vencido.
Gosto muito dos trabalhos
realizados por Robin Willians. Trata-se de um ator fantástico. Sinto muito pelo
que lhe aconteceu, e gostaria que tivesse sido diferente. Mas há um exército de
pessoas como ele, procurando desesperadamente o caminho para uma vida plena,
onde as lacunas da alma sejam preenchidas, e esse Caminho é um só: Jesus
Cristo.
“Jesus respondeu: Eu sou o
Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, ao não ser por mim.”
João 14.6
Nossas orações pelos familiares.
Que o Altíssimo lhes conceda o consolo neste momento difícil. Também oramos
pelos admiradores desse ator tão talentoso que partiu de forma tão triste e
inesperada. Que esse acontecimento nos traga um despertar para compreendermos
nossa natureza e as futilidades das coisas deste mundo, que não se comparam com
o que Deus tem preparado para os que O amam (Rm 8.18).
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