Base: Mateus 2.13-23
A história da vida de Jesus é
carregada de ensinamentos de Deus para nós. Enquanto humano, desde o seu
nascimento até a sua morte e ressurreição Jesus sempre nos trouxe a Palavra do
Pai, Ele sempre nos mostrou o Pai, e as pessoas que estiveram envolvidas com
Ele foram transformadas, além de terem sido instrumentos de bênçãos e
ensinamentos para seus contemporâneos e também para nós. Após a sua ressurreição
e ascensão aos céus, Jesus continua falando à Sua Igreja por meio das
Escrituras, revelando verdades que necessitam ser assimiladas e vividas.
O texto que lemos nos mostra o
momento posterior à visita dos magos a Jesus. Como eles, alertados por Deus, não
retornaram para informar a Herodes a localização do Messias, o rei da Judéia
empreendeu uma matança de crianças inocentes para tentar, com isto, eliminar o
menino que representava, segundo sua ótica, um perigo ao seu poder.
Nessa passagem vemos a atuação de
um homem em especial, José, que foi escolhido por Deus para ser o pai adotivo
de Jesus. Ele tinha o dever de cuidar de Jesus como seu próprio filho,
dando-lhe proteção, sustento, ensino, amor, atenção, e tudo o que está
envolvido em uma relação pai-filho.
Esse personagem bíblico, porém,
poucas vezes é por nós lembrado. Falamos bastante de José do Egito, cuja
história é realmente linda, mas quanto ao José pai de Jesus quase nada falamos.
José, entretanto, tem muitas
lições a nos ensinar com sua vida. É recomendável que busquemos em José algumas
virtudes que estão em falta em muitos cristãos nos dias de hoje. José era um
homem que servia a Deus de coração, e foi um instrumento usado por Deus para participar
da obra da nossa redenção.
José foi um servo fiel a Deus, um
vaso de honra que glorificou a Deus com sua vida. Seus passos foram dirigidos
por Deus, não de maneira forçada, mas porque José reconhecia que de Deus vinham
as respostas corretas.
Se desejamos ser guiados por Deus
e andar pelos melhores caminhos, devemos adotar algumas atitudes que José
também adotou em seu viver, dentre as quais podemos destacar:
1)
Ouvir
a voz de Deus (vv. 13, 20, 22)
José era um homem reto, íntegro e
temente a Deus. A ele foi confiada uma missão maravilhosa e ao mesmo tempo
perigosa: cuidar do Filho de Deus como se fosse seu próprio filho.
José seguia sua vida
tranquilamente, cumprindo seu ofício de carpinteiro, estava na fase de
preparativos para o casamento com Maria, e, de repente, eis que sua vida teve
uma reviravolta diante dos acontecimentos. Sua noiva, Maria, estava grávida,
e o filho não era dele; algum tempo depois, um rei sanguinária queria matar o
bebê, e José tinha que proteger a criança e Maria, sua esposa. José poderia ter
tomado um caminho que acabaria por trazer sofrimentos a ele, a Maria e à
criança, mas José agiu da maneira correta: ele se deixou ser direcionado por
Deus.
José ouviu a voz de Deus. No
momento da dificuldade, ele esteve atento ao que o Senhor lhe dizia, e assim
ele pôde andar pelo caminho correto, evitando transtornos muito maiores que
poderiam ocorrer.
Em nossa vida costumamos ouvir
muitas vozes que nos falam, mas não raramente negligenciamos a voz de Deus.
Ouvimos os amigos, os vizinhos, os parentes, os conselheiros de plantão que
parecem sempre ter uma solução para tudo, os “orientadores” que aparecem na
televisão, em revistas, ouvimos a voz do mundo, e acabamos não ouvindo a voz
principal, que é a de Deus.