TEXTO BASE: 1 Samuel
8
A passagem lida nos mostra um
momento muito importante na história de Israel: o povo reclamava um rei para
si, após muitos anos sendo liderado por juízes levantados por Deus.
Samuel, que naquela ocasião era
sacerdote e profeta do Senhor, e julgava Israel, não gostou de ouvir as
reivindicações do povo, mas Deus lhe disse que deveria atender ao clamor da
nação, porquanto a atitude dos israelitas implicava em rejeição não à liderança
de Samuel, mas ao governo de Deus sobre seu povo.
O pedido feito por Israel foi
atendido, e Saul foi ungido rei, porém logo ele se desviou do Senhor e começou
a agir com desobediência, trazendo pecado sobre a nação e sendo rejeitado pelo
Altíssimo, que providenciou um sucessor, Davi.
A realidade retratada no texto
não está distante de nós. Embora façamos críticas a Israel por seu
comportamento ao longo da história bíblica, se pararmos para analisar nossa vida,
perceberemos que nos assemelhamos muito aos nossos irmãos israelitas, pois
somos teimosos, desobedientes e por vezes fazemos coisas que só nos trazem
prejuízos.
Insistimos em pedir a Deus coisas
que não nos trarão benefícios, fazemos de tudo para alcançar aquele objetivo, e
quando finalmente obtemos aquilo que tanto almejávamos, percebemos que não era
nada do que esperávamos, pelo contrário, sofremos com as consequências de nossa
escolha irrefletida.
Por que razão Israel agia dessa
forma? Por que nós continuamos a fazer escolhas erradas, que só nos causam dor
e atrasam nossos passos na caminhada rumo ao crescimento espiritual?
O texto bíblico nos permite
encontrar algumas respostas a essas indagações.
1)
Conformação
ao mundo
Israel havia sido escolhido e
formado para ser o povo de Deus. Um povo que tinha sobre si promessas de
bênçãos inigualáveis, que nenhum outro povo jamais teve.
Deus queria que Israel fosse
diferente de todas as nações, pois os outros povos adoravam a deuses falsos,
imagens de escultura, praticavam rituais de ocultismo, estavam afundados no
pecado, mas Israel havia sido escolhido para ser uma nação santa, por meio da
qual as outras nações seriam abençoadas.
Deus deu a Lei a Israel, por
intermédio de Moisés, contendo preceitos que, se observados, levariam o povo a
uma vida santa, reta, íntegra e próspera na presença de Deus. Seria uma
sociedade santa, justa e próspera como nenhuma outra até então existente, com o
grande diferencial de que o seu governante era o Criador de todo o universo.
Deus ordenou claramente que eles
não se misturassem com os demais povos nem os invejassem, porquanto não temiam
ao Altíssimo e não andavam de forma justa e reta, antes, eram nações de homens
cheios de pecado, afastados de Deus, que não receberiam Suas bênçãos.
Mas nem a Lei nem todas as
advertências feitas pareciam ser suficientes. Israel não conseguia fitar seus
olhos nas bênçãos recebidas de Deus, antes, olhava para as outras nações e as
invejava, queria ser como elas.
Vemos isso claramente no
versículo 5, onde o povo diz: “constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós,
para que nos governe, COMO O TÊM TODAS AS NAÇÕES”.