domingo, 20 de novembro de 2011

RICOS PARA COM DEUS

“13 Nesse ponto, um homem que estava no meio da multidão lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança. 14 Mas Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós? 15 Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. 16 E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. 17 E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? 18 E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. 19 Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. 20  Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? 21 Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus." (Lucas 12.13-21)

      Pense na seguinte situação: você fica sabendo que hoje é o seu último dia de vida. Você não verá um novo dia neste mundo. O que você fez até agora valeu a pena? A forma como você viveu até agora valeu a pena? As pessoas que o conhecem ficarão tristes com sua partida e sentirão sua falta ou considerarão que você já foi tarde? O que você deixará impresso nas mentes das pessoas que o conheceram?
       O que você fará nas poucas horas que lhe restam?
    Durante sua vida, você procurou ser rico para com Deus? Você acumulou tesouros no céu ou se preocupou demasiadamente com esta vida e com as coisas deste mundo?
      Procure analisar como seria se hoje fosse seu último dia de vida. Sempre ouvimos a frase: “viva cada dia como se fosse o último, pois um dia ele será”. Mas continuamos a viver e fazer coisas como se tivéssemos uma eternidade pela frente aqui neste mundo.
      Na passagem bíblica que lemos Jesus nos ensina lições preciosas, que devem sempre ser trazidas à nossa memória para que, quando chegar nosso último dia, possamos ter a certeza de que nossa vida aqui nesta terra valeu a pena, e o que nos espera é realmente glorioso.
     Jesus nos adverte de que não devemos almejar riquezas terrenas, mas, antes, temos que procurar ser ricos para com Deus. Porém, o que vem a ser isso? Como é possível ser rico para com Deus?
     A passagem bíblica nos dá algumas orientações para que alcancemos esse objetivo.

            1. Compreender que nós somos frágeis e nossa vida é transitória (v. 20)
O ser humano tem em si o desejo de viver, ele possui um instinto de sobrevivência que o faz lutar para permanecer vivo. Ainda que haja problemas, dificuldades, se as pessoas tivessem que escolher entre viver ou morrer, certamente optariam por continuar vivendo, com algumas poucas exceções. Até mesmo quem vez ou outra manifesta o desejo de morrer, ao se ver em uma situação que pode lhe tirar a vida faz o possível para se salvar.
A morte não é algo desejável, entretanto, ela é real.
O problema é que as pessoas começam a viver como se fossem eternas, como se a morte fosse uma realidade apenas para os outros, mas não para si mesmas.
Jesus, porém, vem mostrar que o ser humano é transitório, ele não é eterno, não viverá para sempre neste mundo, mas em um momento definido por Deus haverá de deixar esta vida, encarando o destino que Deus lhe tem preparado.
O ensino de Jesus, que ecoa por toda a Bíblia, é que o ser humano deve ter consciência de que não possui poder sobre sua própria vida. Quem tem o poder de determinar quem vive ou quem morre é Deus.
O homem da parábola estava fazendo planos com relação à enorme produção de sua lavoura, mas foi apanhado de surpresa pela morte.
A morte faz com que os planos humanos se tornem nada. Toda riqueza que uma pessoa possua perde completamente o seu valor diante da morte. O dinheiro não compra a vida.
O ser humano é extremamente frágil. No mesmo instante em que está bem, desenvolvendo suas atividades, pode cair de cama com uma enfermidade grave, sofrer um acidente, ser vítima de alguma violência e vir a morrer.